quinta-feira, 31 de março de 2011

Engenho Suassuna e a maçonaria

Um tempo de novas idéias e conspirações
A chegada a Pernambuco do naturalista e médico Manuel de Arruda Câmara no final do século XVIII teve muito a ver com as inquietações do novo século. Ele havia estudado na França e tomou conhecimento das doutrinas dos filósofos liberais. Quando chegou a nosso Estado, fundou em Itambé, vila na fronteira de Pernambuco com a Paraíba, uma associação secreta, o Areópago. A primeira do norte do Brasil a fim de propagar idéias de liberdade. Arruda Câmara fez ali sua tribuna de propaganda das novas idéias e para isso reuniu um pequeno grupo de seguidores. Entre eles estavam os irmãos Francisco e José de Paula, que foram denunciados em 1801 por tramarem uma conspiração para formar em Pernambuco uma república independente, sob a proteção de Napoleão Bonaparte. Os irmãos eram senhores do engenho Suassuna, em Jaboatão, e daí surgiu o nome do movimento: Conspiração dos Suassuna.
O que deixou para a História o padre Joaquim Dias Martins, que viveu no tempo dos conspiradores:
"O engenho Suassuna converteu-se numa brilhante Academia onde os adeptos e aprendizes não só da província e nacionais, mas ainda estrangeiros, achavam luz, agasalho e subsídios. Não satisfeito com isto, (Francisco de Paula Cavalcante de Albuquerque) promoveu com todo o ardor a criação da Biblioteca do Paraíso e a promoção do padre João Ribeiro Pessoa de Mello Montenegro para administrador, diretor e presidente desta famosa Academia".

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