terça-feira, 29 de março de 2011

Conspiração dos Suassunas

A Conspiração dos Suassunas aconteceu em 1801 em Pernambuco. Esta conspiração pode ser datada como o início do processo da Independência de Pernambuco.
Durante aquele período o acesso a ideias do Iluminismo e informações da Revolução Francesa era privilégio de poucos devido a alta taxa de analfabetismo. Juntando a isso a falta de conexão entre as demais colônias por problemas de transporte, era natural que existisse uma maior vontade de lutar pela independência das capitanias (cada um por si) do que pelo país inteiro.
O padre e também membro da Sociedade Literária do Rio de Janeiro, Arruda Câmara, parte deste pequeno grupo de pessoas intelectualizadas, resolveu fundar no ano de 1798 uma sociedade secreta muito similar a Maçonaria (sociedade que tem como princípio a liberdade, democracia, igualdade e fraternidade), chamada loja maçônica Areópago. A regra era que nenhum europeu fazia parte.
Ao longo do tempo, as discussões dentro deste grupo começaram a refletir numa oposição geral dos membros em relação ao domínio português em solo brasileiro. A partir daí, algumas ideias começaram a surgir como a possibilidade de emancipar Pernambuco contando na retaguarda com a ajuda de ninguém menos do que Napoleão Bonaparte. Os irmãos Luís Francisco de Paula, José de Paula Cavalcante de Albuquerque e Francisco de Paula, este último dono do Engenho Suassuna, eram os líderes deste movimento de independência. O que eles não contavam era que algum traidor denunciaria para as autoridades os planos que eles tinham. Foi exatamente no dia 21 de maio de 1801 que os três foram presos e mais tarde absolvidos, já que não existia provas que os incriminavam.
Em 1802 o Aerópago fechou, mas reabriu algum tempo depois agora com o nome de Academia dos Suassunas. Foi preciso mais quinze anos para que as ideias plantadas pelos três irmãos voltassem a aparecer e a vontade de se emancipar novamente viesse à tona na Revolução Pernambucana de 1817.

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